"Coaching" em Desenvolvimento Sustentável
Coaching in Sustainable Development


"Benchmarking" em Sustentabilidade
Benchmarking in Sustainability


Comunicação Interna e Externa em Desenvolvimento Sustentável
Internal and External Communication in Sustainable Development


Relatórios em Sustentabilidade e Meio Ambiente
Reports on Sustainability and Environment


Orientação em Conselhos Consultivos de Desenvolvimento Sustentável
Guidance in Advisory Councils for Sustainable Development


 


“Fernando Almeida tem sido uma força para o
desenvolvimento sustentável no Brasil e no mundo(...).
Vejo-o como um sábio e corajoso líder (...).
É sempre uma voz eloqüente”


A opinião acima, de Bjorn Stigson, presidente do WBCSD (sigla em inglês do Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável), está registrada na orelha do livro “Os desafios da sustentabilidade – uma ruptura urgente”, obra de Fernando Almeida lançada em meados de 2007, na qual faz um alerta dramático: ou mudamos nossos modelos de negócios e o padrão de desenvolvimento ou colocaremos em risco a sobrevivência do planeta neste século.

São mais de 30 anos de experiência profissional adquirida nos setores público e privado, no meio acadêmico e nas instituições civis. Fernando Almeida credenciou-se como porta-voz da visão das tendências internacional, nacional e local, tanto na abordagem dos ecossistemas - mudança do clima, escassez de água, biodiversidade etc - como em relação aos aspectos sociais revelados nas necessidades dos grupos de interesses ou stakeholders, como são identificados tecnicamente.

Tem atuado na formulação de políticas empresariais e públicas, com foco na visão de longo prazo, definindo com clareza desafios e oportunidades. Por estar à frente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) há dez anos, ultimamente tem se dedicado mais à atividade empresarial.

Nas empresas, passa despercebido o olhar para os dilemas produzidos por crescentes restrições ambientais e para as possibilidades de expansão dos negócios nesse novo contexto. Os gestores, a começar pelo presidente, estão voltados para suas demandas diárias. Não têm tempo para refletir sobre os grandes temas como forma de traçar suas estratégias e se antecipar às questões mais complexas.

A estratégia socioambiental está ganhando espaço. As empresas precisam estar preparadas para que a exposição de sua marca seja positiva e agregue valor em seus ativos intangíveis.

Muitas vezes esse direcionamento não é possível por falta de compreensão dos aspectos relevantes para a empresa. É fundamental saber o que dizer para dentro e para fora da empresa.

O exemplo recente da General Electric é emblemático para definir o significado da visão de longo prazo no meio empresarial. Em 2004, o presidente mundial da GE, Jeffrey Immelt, determinou que todas as áreas da companhia deveriam se engajar na criação de produtos ambientalmente corretos. Apenas 20% dos executivos presentes à reunião acharam aquela uma boa idéia. Os demais exibiam uma expressão que poderia ser traduzida como “você não pode estar falando sério”. Apesar da desconfiança de seus auxiliares diretos, Immelt seguiu em frente. A GE alcançou, em 2007, um faturamento de 172 bilhões de dólares e, mais importante, conseguiu estabelecer o vínculo entre lucro e sustentabilidade.

Quando se formou em Engenharia Civil pela Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), nos anos 70, Fernando Almeida viu algo além das ofertas de emprego fácil no rastro do boom do mercado imobiliário carioca na época. Para surpresa dos colegas de faculdade, arrumou as malas e foi estudar um pouco mais, fazendo mestrado em engenharia ambiental nos Estados Unidos.

De volta ao Brasil, com boa base teórica em engenharia convencional e em meio ambiente, Fernando Almeida ingressou como técnico da recém-criada Feema (agência estadual pioneira no país na área ambiental). Paralelamente ao serviço público e demais atividades que assumiria depois, Almeida exerceu também a carreira de professor de graduação e pós-graduação. Ao deixar a Feema, de onde se despediu como presidente da instituição, criou uma consultoria para orientar empresas interessadas em se adequar às novas exigências da legislação ambiental.

O salto qualitativo de sua carreira poderia ser demarcado com a realização da Rio-92. Ouviu com atenção o discurso do empresário suíço Stephan Schmidheiny, que, sob o olhar de desconfiança de ambientalistas, apresentou o conceito de ecoeficiência. Foi estabelecida ali a ligação entre o conceito de desenvolvimento sustentável, cunhado cinco antes pela Comissão Brundtland, e a atividade empresarial. Esses dois episódios – a Rio-92 e o relatório – teriam influência decisiva como fonte de inspiração e de conhecimento para o seu primeiro livro "O bom negócio da sustentabilidade", lançado em 2002.

Fernando Almeida reuniu tudo o que aprendera no meio acadêmico, nas suas atividades como gestor público e como consultor empresarial, e passou a difundir um discurso novo, ministrando aulas, proferindo palestras, escrevendo artigos e até como âncora de um programa matinal, da então recém-criada Rádio CBN, chamado “Viver Melhor”.

A experiência acumulada como gestor público, professor e pequeno empresário foi a base de conhecimento para perceber que, isoladamente, os três setores-chaves da sociedade não seriam capazes de imprimir mudanças de rumo do modelo de desenvolvimento tradicional, baseado no lucro a qualquer preço, na destruição dos recursos naturais e na exclusão social.

A visão holística das estruturas sociais e de seus mecanismos de relacionamento com o meio ambiente é, com toda certeza, o seu maior trunfo profissional e a explicação para o sucesso de suas palestras e de seus textos, independentemente da carga de polêmica do discurso.

Apesar da disseminação do conceito de sustentabilidade, Fernando Almeida ainda é visto por alguns como “um capitalista disfarçado de ambientalista” e por outros como “ambientalista inconseqüente”. Essa distorção, embora persista, já foi pior. Vem se diluindo com o passar do tempo e, principalmente, com o agravamento dos desafios socioambientais. Mantendo o foco no senso de urgência em defesa de uma mudança radical e estruturada do modelo de desenvolvimento, tem ampliado seu arco de alianças com instituições civis, como o Greenpeace, e governamentais, como o Ministério do Meio Ambiente.

A fidelidade de Fernando Almeida ao posicionamento político na interseção dos setores empresarial, governamental e das instituições civis nem sempre consegue agradar a gregos e troianos, principalmente àqueles que estão colocados nas extremidades desse hipotético mapa institucional. Mas tem lhe assegurado reconhecimento profissional. Por seu histórico e, mais recentemente, por seu trabalho no CEBDS, é solicitado a atuar em diversas frentes. Foi, por exemplo, convidado pelo WBCSD para representá-lo no Comitê Executivo do programa da ONU Avaliação Sistêmica do Milênio, o mais importante inventário ambiental global realizado até agora. Participou como principal orientador na criação de conselhos da rede do WBCSD de outros países, como China, Chile e Angola. Hoje, integra o conselho diretor do Instituto de Estudos Avançados da Universidade das Nações Unidas, sediado no Japão.

 
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